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Investigação do MPF Revela Possíveis Irregularidades Milionárias na UFLA
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Crédito: UFLA divulgação |
Uma investigação sigilosa do Ministério Público Federal (MPF) e uma auditoria interna da Universidade Federal de Lavras (UFLA), localizada no Sul de Minas Gerais, apontam possíveis irregularidades em contratos que somam cerca de R$ 46 milhões. A Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc), vinculada à UFLA, é o principal alvo da investigação.
Gestão do Reitor Sob Suspeita
Contratos Sob Suspeita
A Fundecc, que desenvolve projetos para órgãos como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Agência Nacional de Águas (ANA), é apontada pelo MPF como central no esquema de irregularidades. Entre as práticas suspeitas, destacam-se:
Vínculo entre contratante e empresas contratadas: Empresas contratadas teriam laços de parentesco ou sociedade com integrantes da própria universidade.
Falta de publicidade nas licitações: As licitações não eram amplamente divulgadas, o que dificultava a participação de outras empresas.
Subcontratação total dos serviços: Serviços inicialmente contratados pela Fundecc eram, na prática, executados por empresas terceirizadas, contrariando as normas de execução contratual.
Pesquisas de preço irregulares: A apuração dos preços de mercado era realizada com as próprias empresas que posteriormente seriam contratadas.
Conexões Relevantes
Um dos nomes citados na investigação é Samuel Rodrigues, que teria vínculo com a UFLA desde 2009 e foi subordinado ao reitor Scolforo. Segundo o relatório, empresas de Rodrigues trabalharam em diversos contratos da Fundecc, incluindo parcerias com a mineradora Vale e o programa Bolsa Verde do governo federal. Posteriormente, ele foi nomeado gerente na Agência Zetta, uma entidade da UFLA dedicada à inovação.
Reação da UFLA e do Reitor
Em nota oficial, a UFLA defendeu a regularidade dos contratos e afirmou que todos são submetidos a auditorias regulares de órgãos de controle. A reitoria não respondeu às tentativas de contato da imprensa. O reitor Scolforo também não se manifestou.
Casos Semelhantes e Denúncias Anteriores
A investigação de 2024 tem semelhanças com um caso de 2014, em que o reitor é réu por supostas fraudes em um convênio de R$ 6,5 milhões firmado entre a UFLA e o governo de Minas Gerais. Assim como no caso da Fundecc, o esquema envolvia a contratação de empresas que não existiam e a subcontratação integral de serviços.
O Impacto Para a UFLA e o Ensino Superior
A UFLA é uma das principais universidades do Brasil, especialmente na área de ciências agrárias, onde ocupa o terceiro lugar nacional. Com 9.360 alunos e diversos projetos de pesquisa em andamento, a instituição é um centro de referência acadêmica. As investigações colocam em xeque a gestão de recursos e podem afetar a credibilidade de seus projetos de extensão e pesquisa.
Conclusão
A investigação do MPF sobre as irregularidades nos contratos da Fundecc e a participação do reitor da UFLA trazem à tona questões cruciais sobre a transparência e a ética na administração pública. As práticas suspeitas podem comprometer a reputação de uma das mais importantes universidades do Brasil, gerando impacto para seus alunos, professores e para o futuro de suas parcerias institucionais.
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