MPF Investiga Desvios Milionários em Fundação Vinculada à Universidade Mineira

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Investigação do MPF Revela Possíveis Irregularidades Milionárias na UFLA

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Crédito: UFLA divulgação 

Uma investigação sigilosa do Ministério Público Federal (MPF) e uma auditoria interna da Universidade Federal de Lavras (UFLA), localizada no Sul de Minas Gerais, apontam possíveis irregularidades em contratos que somam cerca de R$ 46 milhões. A Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc), vinculada à UFLA, é o principal alvo da investigação.

Gestão do Reitor Sob Suspeita

As irregularidades teriam ocorrido durante a gestão do reitor José Roberto Soares Scolforo. O gestor já é réu em outro processo de improbidade administrativa iniciado em 2014 por supostas fraudes em licitações. A investigação atual indica que membros da família de Scolforo teriam adquirido 11 apartamentos em um condomínio de Lavras e um sítio de 63 hectares, totalizando cerca de R$ 4,7 milhões em transações imobiliárias nos últimos dois anos.

Contratos Sob Suspeita

A Fundecc, que desenvolve projetos para órgãos como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Agência Nacional de Águas (ANA), é apontada pelo MPF como central no esquema de irregularidades. Entre as práticas suspeitas, destacam-se:

  • Vínculo entre contratante e empresas contratadas: Empresas contratadas teriam laços de parentesco ou sociedade com integrantes da própria universidade.

  • Falta de publicidade nas licitações: As licitações não eram amplamente divulgadas, o que dificultava a participação de outras empresas.

  • Subcontratação total dos serviços: Serviços inicialmente contratados pela Fundecc eram, na prática, executados por empresas terceirizadas, contrariando as normas de execução contratual.

  • Pesquisas de preço irregulares: A apuração dos preços de mercado era realizada com as próprias empresas que posteriormente seriam contratadas.

Conexões Relevantes

Um dos nomes citados na investigação é Samuel Rodrigues, que teria vínculo com a UFLA desde 2009 e foi subordinado ao reitor Scolforo. Segundo o relatório, empresas de Rodrigues trabalharam em diversos contratos da Fundecc, incluindo parcerias com a mineradora Vale e o programa Bolsa Verde do governo federal. Posteriormente, ele foi nomeado gerente na Agência Zetta, uma entidade da UFLA dedicada à inovação.

Reação da UFLA e do Reitor

Em nota oficial, a UFLA defendeu a regularidade dos contratos e afirmou que todos são submetidos a auditorias regulares de órgãos de controle. A reitoria não respondeu às tentativas de contato da imprensa. O reitor Scolforo também não se manifestou.

Casos Semelhantes e Denúncias Anteriores

A investigação de 2024 tem semelhanças com um caso de 2014, em que o reitor é réu por supostas fraudes em um convênio de R$ 6,5 milhões firmado entre a UFLA e o governo de Minas Gerais. Assim como no caso da Fundecc, o esquema envolvia a contratação de empresas que não existiam e a subcontratação integral de serviços.

O Impacto Para a UFLA e o Ensino Superior

A UFLA é uma das principais universidades do Brasil, especialmente na área de ciências agrárias, onde ocupa o terceiro lugar nacional. Com 9.360 alunos e diversos projetos de pesquisa em andamento, a instituição é um centro de referência acadêmica. As investigações colocam em xeque a gestão de recursos e podem afetar a credibilidade de seus projetos de extensão e pesquisa.

Conclusão

A investigação do MPF sobre as irregularidades nos contratos da Fundecc e a participação do reitor da UFLA trazem à tona questões cruciais sobre a transparência e a ética na administração pública. As práticas suspeitas podem comprometer a reputação de uma das mais importantes universidades do Brasil, gerando impacto para seus alunos, professores e para o futuro de suas parcerias institucionais.

Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: O Tempo 

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