Tumulto E Protesto Marcam Votação De Orçamento Na Câmara De Ubá
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Foto: Rádio Mega Hits VRB |
Projeto De Lei Gera Tensão e Acusações Entre Vereadores
A sessão da Câmara Municipal de Ubá, realizada nesta segunda-feira (28), foi marcada por momentos de alta tensão, protestos e a presença da Guarda Civil Municipal (GCM). O estopim foi a votação do Projeto de Lei Ordinária nº 14/2025, que propõe o aumento do limite para créditos suplementares no orçamento municipal, de 20% para 30%.
A medida foi aprovada por 7 votos a 6 e gerou fortes críticas da oposição, que classificou a mudança como um "cheque em branco" ao Poder Executivo.
Alteração Na Lei Orçamentária Causa Reações
A proposta altera a Lei Municipal nº 5.266/2024, responsável por estimar receitas e fixar despesas do município para 2025. A Prefeitura defende a ampliação do limite como forma de garantir maior flexibilidade na gestão orçamentária, diante das novas prioridades da administração atual.
Segundo o Executivo, regras mais rígidas poderiam dificultar respostas rápidas em áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura.
Emenda Da Oposição É Rejeitada Em Sessão Conturbada
Durante a tramitação, a oposição apresentou a Emenda nº 1, sugerindo uma elevação mais moderada do limite para 5% e ajustes no artigo 5º da Lei vigente. A proposta buscava manter o controle fiscal e a transparência, mas foi rejeitada pela maioria dos vereadores.
A votação acalorada gerou críticas à condução da sessão pelo presidente da Casa, vereador José Maria Fernandes, acusado pela oposição de favorecer parlamentares aliados ao governo.
Presença Da Guarda Civil E Protesto Com Nariz De Palhaço
O clima ficou ainda mais tenso com discussões e acusações entre vereadores. A GCM foi acionada para conter os ânimos. Apesar do tumulto, não houve registros de agressões físicas.
Um comunicador local utilizou um nariz de palhaço em protesto, criticando duramente a aprovação do projeto e questionando a transparência da gestão municipal.
Aprovação Permite Movimentação De R$ 194 Milhões Sem Aval
Com a nova regra, a oposição afirma que o prefeito poderá movimentar cerca de R$ 194 milhões em 2025 sem necessidade de aprovação da Câmara, o que, segundo os críticos, compromete a fiscalização legislativa.
O projeto foi analisado pelas comissões de Legislação, Justiça e Redação Final e de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, e segue agora para sanção do prefeito.
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