Investigação envolve R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos entre 2019 e 2024
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Foto: CGU Divulgação |
A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu centralizar as investigações de fraudes no INSS, assumindo a condução do caso que envolve 12 entidades suspeitas de praticar descontos não autorizados em folhas de pagamento de aposentados e pensionistas.
Segundo a CGU, a decisão foi tomada para assegurar “uniformidade e coesão” no processo, diante de indícios de participação de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no esquema criminoso.
Desvios em benefícios previdenciários
O caso ganhou notoriedade com a deflagração da Operação Sem Desconto, realizada em 23 de abril pela CGU e Polícia Federal, que apura um desvio de até R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.
De acordo com as investigações, diversas associações e sindicatos estariam aplicando descontos indevidos em benefícios previdenciários, sem autorização dos segurados.
Além disso, cinco servidores do INSS e um policial federal foram afastados por decisão judicial, reforçando a gravidade das suspeitas.
Entidades sob investigação
As principais entidades sob investigação incluem:
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Associação no Brasil de Aposentados e Pensionistas da Previdência Social (APBRASIL)
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Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas e Idosos (ASBRAPI)
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Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA)
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Associação de Suporte Assistencial e Beneficente para Aposentados Servidores e Pensionistas do Brasil (ASABASP)
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Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (CEBAP)
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Caixa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas (CAAP)
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Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB)
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AAPN Benefícios – AAPEN (ABSP)
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União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (UNASPUB)
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Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (AMBEC)
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Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas – APDAP PREV (ACOLHER)
CGU exige compartilhamento imediato de provas
Em ofício enviado ao INSS, a CGU determinou que todos os documentos, provas e processos relacionados à apuração sejam imediatamente encaminhados para sua análise. Qualquer outro procedimento vinculado ao caso também deve ser comunicado à Controladoria.
No mesmo período, o corregedor-geral substituto do INSS, José Alberto de Medeiros Landim, havia autorizado investigações internas, publicadas no Diário Oficial da União.
Com a intervenção da CGU, a expectativa é que as investigações avancem com mais rigor, transparência e alcance.
Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: CNN Brasil
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