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Brasil registra 10 mil casos de oropouche em 2025
Doença avança com 4 mortes confirmadas e crescimento acelerado de casos
O Brasil já confirmou 10.072 casos de febre oropouche em 2025, segundo o Ministério da Saúde, número que representa um aumento de 56,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram também confirmadas quatro mortes, sendo três no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo.
Doença se espalha além da Região Norte
Em 2024, o total de infecções chegou a 13.853. Já em 2023, foram apenas 833 registros. O avanço da doença está relacionado à ampliação da testagem e à mutação do vírus oropouche (OROV).
O estado do Espírito Santo lidera em 2025 com 6.118 casos, seguido por Rio de Janeiro (1.900), Paraíba (640) e Ceará (573).
População entre 20 e 59 anos é a mais afetada
Cerca de 70,5% dos infectados estão na faixa etária entre 20 e 59 anos. Casos também foram identificados entre bebês com menos de 1 ano, incluindo seis no Rio de Janeiro e quatro no Espírito Santo.
O que é a febre oropouche?
A febre oropouche é causada pelo vírus OROV, transmitido por um mosquito chamado Culicoides paraensis, ou maruim. A doença tem ciclo silvestre e urbano, e seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, dor no corpo, náuseas e fadiga.
Casos graves podem levar à meningite asséptica ou meningoencefalite, principalmente em imunocomprometidos.
Possível relação com microcefalia
Em 2024, a Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas (IEC) encontraram anticorpos do OROV em bebês com microcefalia, levantando a hipótese de transmissão vertical (da mãe para o feto). Ainda não há comprovação científica, mas investigações continuam.
Tratamento e prevenção
Não há medicamento específico contra a febre oropouche. O tratamento é de suporte, com hidratação, repouso e remédios para febre e dor.
Medidas de prevenção incluem:
- Evitar áreas com muitos mosquitos
- Usar roupas compridas e aplicar repelente
- Eliminar criadouros de mosquitos
- Seguir as orientações das autoridades locais
A atenção de autoridades sanitárias é redobrada diante do crescimento de casos e da identificação de mortes, algo inédito até o ano passado. O alerta está ligado à possível mutação do vírus e à sua adaptação a ambientes urbanos.
Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: O Tempo
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