Recuo do IOF foi decisão técnica, diz Haddad

 Recuo Do IOF Foi Decisão Técnica E Não Passou Por Lula

IOF, Fernando Haddad, Lula, Ministério da Fazenda, recuo técnico, tributação, mercado financeiro

Fernando Haddad Afirma Que Decisão Não Teve Participação Do Presidente

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o recuo na tributação de fundos de investimentos no exterior por meio do IOF foi uma decisão técnica, sem a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal O Globo neste domingo, 25 de maio de 2025.

Segundo Haddad, o ajuste na medida foi um reconhecimento de críticas consideradas “corretas” pelos especialistas. Ele afirmou:

> “A minha decisão foi absolutamente técnica. Foi tomada horas depois do anúncio, assim que recebi as informações sobre o problema. Antes de mais nada, chequei com pessoas em quem confio para saber se aquelas informações estavam corretas. Assim que identifiquei o problema, reuni virtualmente a equipe para redigir o ato de correção.”

Repercussão No Mercado Financeiro

De acordo com o Estadão, o governo federal decidiu reavaliar a medida após forte repercussão negativa entre investidores do mercado financeiro. O anúncio inicial provocou preocupações e movimentações no setor.

Forma Do Comunicado

Apesar do recuo na tributação dos fundos, o Ministério da Fazenda manteve outras medidas anunciadas, como o aumento do IOF em planos de previdência privada, crédito para empresas e operações de câmbio.

Haddad negou falhas na comunicação, afirmando que o recuo foi comunicado antes da abertura do mercado:

> “Não acredito que isso desmereça a construção que foi feita. Não corrigir depois das informações prestadas seria um erro.”

Participação Do Banco Central E De Galípolo

O ministro informou que Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, participou das discussões sobre o pacote de medidas, mas não contribuiu diretamente na redação do decreto.

Haddad elogiou a gestão de Galípolo, destacando a necessidade de compreensão em relação ao atual ciclo de aperto monetário:

> “Se não tivermos essa compreensão, vamos começar a atacar o Galípolo. Nós temos essa compreensão.”

Ele ainda destacou que o presidente do BC saberá conduzir a transição para que haja harmonia entre as políticas fiscal e monetária.

Programas Sociais E O Arcabouço Fiscal

Em relação ao equilíbrio entre a política fiscal e monetária, Haddad defendeu que programas sociais, como a ampliação do Vale Gás e os subsídios nas contas de luz, não prejudicarão o combate à inflação.

Segundo ele:

> “Se formos nos deixar levar pela conjuntura para corrigir injustiças, não faremos nem uma coisa nem outra.”

Haddad ressaltou que a manutenção do arcabouço fiscal depende mais do Congresso Nacional do que do Executivo, argumentando que o país vive atualmente um “quase parlamentarismo”:

> “Quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso. Não era assim.”

Ele acrescentou que essa mudança explica a ausência de um “problema de base” no governo, observando que há uma mudança institucional no país:

> “Nos governos Fernando Henrique e Lula (1 e 2), havia presidencialismo. Hoje, há uma variante disso, que muita gente já chama de parlamentarismo ou semipresidencialismo.”

Mensagens Para Todas Ocasiões  | Siga no no Whatsapp <<<Notícias Zona da Mata-MG>>>

Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: Terra 


Postar um comentário

0 Comentários