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Operação Custos Fidelis cumpre mais de 120 mandados e bloqueia R$ 18 bilhões da facção FTO ligada ao Comando Vermelho
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Gaeco, e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), com apoio da Polícia Civil e do Gaeco do Amazonas, deflagraram, nesta quarta-feira (24/9), a Operação Custos Fidelis, voltada ao combate à lavagem de dinheiro e ao tráfico de drogas da facção criminosa Família Teófilo Otoni (FTO), afiliada ao Comando Vermelho (CV).
A ação cumpriu mais de 120 mandados de prisão, busca e apreensão, além de bloqueios patrimoniais que somam cerca de R$ 18 bilhões em quatro estados brasileiros.
Investigação detalhou engrenagem criminosa
Segundo o coordenador do Gaeco, a operação foi resultado de 18 meses de investigação, que mapearam toda a estrutura da facção, desde logística até finanças e ataques armados.
O trabalho revelou que a FTO operava como uma empresa do crime, movimentando milhões por meio de empresas de fachada nos setores de gás liquefeito, internet, câmbio e comércio atacadista de pescados.
- Cada empresa movimentava cerca de R$ 25 milhões por ano.
- Depósitos pulverizados chegaram a R$ 2,3 milhões em apenas uma semana, prática conhecida como smurfing.
Bloqueios e apreensões
Entre os bens bloqueados, está um imóvel de luxo à beira-mar em Alagoas, adquirido com recursos ilícitos.
Além disso, as forças de segurança já haviam apreendido:
- 26 armas de fogo (incluindo 4 fuzis e uma calibre 12);
- 23 membros da FTO presos;
- 300 kg de maconha em uma única ocorrência;
- Diversas drogas e munições em operações paralelas.
Apesar dos bloqueios robustos, o uso de bitcoins e criptoativos pela facção foi apontado como desafio crescente para as autoridades.
Impacto nacional da facção
De acordo com a promotora do Gaeco de Governador Valadares, a investigação comprovou que o Comando Vermelho estruturou uma rede de atacado do tráfico, abastecendo facções em diversos estados, como Goiás, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo e Acre.
Empresas de fachada no Amazonas funcionavam como hubs nacionais de aquisição de drogas, recebendo depósitos de todo o país e movimentando rapidamente os valores via criptoativos.
Um marco no combate ao crime organizado
A Operação Custos Fidelis representa um golpe econômico sem precedentes contra a facção FTO e reforça a atuação integrada do MPMG, PMMG e órgãos parceiros para conter a expansão territorial do Comando Vermelho em Minas Gerais.
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