Polícia Civil Deixar Recado 'a resposta está vindo, e à altura' após mortes de policiais no Alemão e na Penha

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Polícia Civil diz que 'a resposta está vindo, e à altura' após mortes de policiais no Alemão e na Penha

Além dos quatro policiais, outros 15 agentes ficaram feridos, transformando o Hospital estadual Getúlio Vargas (HGV) numa unidade de guerra, na última terça-feira

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Polícia Civil promete resposta "à altura" após morte de 4 agentes em megaoperação nos complexos do Alemão e Penha. Operação deixou 60 suspeitos mortos e 15 policiais feridos. Entre os mortos estão dois PMs do Bope e dois policiais civis. Hospital Getúlio Vargas transformou-se em centro de atendimento aos feridos.

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Cleiton Serafim Gonçalves. PM de 42 anos; Heber Carvalho da Fonseca. PM de 39 anos; Marcos Vinicius Carvalho. Policial civil; Rodrigo Cabral. Há dois meses na Polícia Civil — Foto: Reprodução


Em um post no Instagram, em homenagem aos quatro policiais mortos na megaoperação das Polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, o perfil oficial da Polícia Civil do Rio disparou: "a resposta está vindo, e à altura". O aviso, em tom de ameaça, também dizia que "os ataques covardes de criminosos" contra os agentes "não ficarão impunes".

Postagem da Polícia Civil: "A resposta está vindo, e à altura. Os ataques covardes de criminosos contra nossos agentes não ficarão impunes."

Quem eram os policiais mortos

Rodrigo Cabral
Policial Civil
2 meses na corporação
39ª DP (Pavuna)
Marcos Vinicius
Policial Civil
20 anos de serviço
53ª DP (Mesquita)
Cleiton Serafim
PM - Bope
17 anos de serviço
42 anos
Heber Carvalho
PM - Bope
14 anos de serviço
39 anos

Além dos quatro policiais, outros 15 agentes ficaram feridos, transformando o Hospital estadual Getúlio Vargas (HGV) numa unidade de guerra. Na unidade foram socorridos os 3º sargentos da Polícia Militar Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves — ambos lotados no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) — e os policiais civis Rodrigo Cabral e Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, mas os agentes não resistiram aos ferimentos. Eles foram assassinados por traficantes do Comando Vermelho durante os confrontos.

Histórias de vida interrompidas

Rodrigo Cabral: pai de família e botafoguense

Há apenas dois meses na corporação, Rodrigo Cabral estava lotado na 39ª DP (Pavuna), era considerado um profissional promissor. Durante o confronto, ele levou um tiro na nuca e não resistiu aos ferimentos. Nas redes sociais, o policial compartilhava momentos de sua vida fora do trabalho. Em quase todas as fotos, aparecia sorridente, cercado pela família: viagens com a esposa e a filha, brincadeiras com elas e idas ao estádio Nilton Santos para acompanhar o Botafogo, time do coração.

Rodrigo era descrito pela esposa como "o melhor pai, marido e amigo". Em fevereiro de 2024, ela publicou um vídeo e uma homenagem pelos 16 anos de relacionamento. A mensagem, acompanhada de fotos do casal e da filha, ganhou novo peso após a notícia da morte.

Trecho da homenagem da esposa: "Hoje sinto vontade de agradecer. Agradecer a você, a Deus, à vida, ao universo pelos últimos 16 anos que vivemos juntos. Nossa vida juntos é muito mais do que alguma vez sonhei ter, e tudo que já compartilhamos deixa meu coração orgulhoso. Me sinto muito abençoada por ter você ao meu lado. Te amo, e vou te amar para sempre!"

Marcos Vinicius: 'Máskara' da 53ª DP

Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido entre colegas como Máskara, apelido pelo qual era amplamente conhecido, tinha uma longa carreira na Polícia Civil e recentemente assumiu uma das chefias da 53ª DP (Mesquita), estava há 20 anos estava nos quadros da corporação e era muito respeitado entre colegas pela atuação no enfrentamento ao crime organizado, costumava participar diretamente das operações em campo, mesmo ocupando cargo de chefia.

Ele foi atingido na cabeça. Um áudio gravado por uma policial que o socorria na favela mostra o cenário de guerra que os agentes enfrentaram. Em meio ao som de tiros e explosões, ela comunicou à corporação que Marcus Vinicius havia sido baleado.

Áudio da policial: "Galera, o Maskara foi baleado na cabeça, a gente tá preso aqui na favela, estou pedindo prioridade. Tem que dar uma atenção, é sério, o Maskara foi baleado na cabeça."

Cenário de guerra no HGV

Os corpos e feridos na operação foram levados ao Hospital Estadual Getulio Vargas (HGV), que fica ao lado da Vila Cruzeiro, na Penha. Até a noite de ontem, os feridos não paravam de chegar. Ao todo, foram 60 suspeitos mortos pelas polícias e 15 agentes feridos: 10 PMs e cinco policiais civis. Foram baleados ainda uma pessoa em situação de rua que não foi identificado, e outros três moradores da região: Fernando Vinícius Lopes, Kelma Rejane Magalhães e Daniel Mello dos Santos. Kelma estava numa academia quando foi atingida na região dos glúteos. Todos têm estado de saúde estável.

No hospital, policiais civis e militares também apareciam inconsoláveis. Muitos choravam ao ter confirmação da morte dos colegas. Outros aproveitavam o momento para avisar à família sobre a operação:

Relato de policial no HGV: "Eu estou bem, mas. Estou vivo! Estou aqui no hospital agora, mas logo vou voltar para operação. Pode ficar tranquila."


Por TMA Dicas – Fonte: O Globo 


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