Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor: Entenda as Mudanças

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Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor neste sábado

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Governo impõe limite de parcelas e valor máximo por saque para proteger trabalhadores e fortalecer o fundo

As novas regras do saque-aniversário do FGTS passam a valer neste sábado (1º), trazendo mudanças importantes para milhões de trabalhadores brasileiros. A atualização, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e implementada pela Caixa Econômica Federal, estabelece limites para as antecipações de parcelas e valores máximos por saque, com o objetivo de proteger o trabalhador demitido e preservar os recursos do fundo, que financia habitação, saneamento e infraestrutura.

De acordo com o Ministério do Trabalho, as novas normas buscam evitar que os trabalhadores fiquem sem acesso ao saldo do FGTS em caso de demissão, além de reduzir o impacto das antecipações sobre a sustentabilidade do fundo.

Atualmente, 21,5 milhões de brasileiros — o equivalente a 51% das contas ativas do FGTS — aderiram à modalidade saque-aniversário, e 70% deles já realizaram algum tipo de empréstimo antecipado com base nesse benefício.

O que é o saque-aniversário?

Criado em 2019, o saque-aniversário permite que o trabalhador retire anualmente uma parte do saldo do FGTS no mês de seu aniversário.
A adesão é opcional e pode ser feita pelo aplicativo FGTS, pelo site da Caixa ou diretamente nas agências.

Entretanto, quem opta pela modalidade abre mão de sacar o saldo total do fundo em caso de demissão sem justa causa, mantendo apenas o direito à multa rescisória de 40%.

Como funciona a antecipação?

A antecipação do saque-aniversário é uma forma de empréstimo bancário em que o trabalhador pede ao banco o adiantamento dos valores que receberia nos próximos anos.
O saldo do FGTS funciona como garantia, e o banco cobra juros sobre a operação.

Antes da nova regra, não havia limite de parcelas, valor ou número de operações simultâneas — o que permitia antecipar até 10 anos de saques futuros.

O que muda a partir deste sábado (1º)?

Com a nova norma, o governo define limites claros de valor, parcelas e frequência das operações.

🔹 Comparativo: Regras Antigas x Regras Novas

Regras AntigasRegras Novas (a partir de 1º de novembro de 2025)
Sem limite de parcelas ou valor antecipadoMáximo de 5 parcelas no primeiro ano e 3 parcelas a partir de 2026
Sem valor máximo por saqueCada parcela deve ser de R$ 100 a R$ 500
Possibilidade de várias operações simultâneasApenas uma antecipação por ano
Sem prazo mínimo após adesãoCarência de 90 dias entre adesão e empréstimo

No primeiro ano, o trabalhador poderá antecipar até R$ 2,5 mil (cinco parcelas de R$ 500).
A partir de 2026, o limite será de R$ 1,5 mil (três parcelas de R$ 500).

Por que o governo fez a mudança?

O Ministério do Trabalho explica que muitos trabalhadores ficavam desamparados após demissão, já que o saldo do FGTS, utilizado como garantia do empréstimo, permanecia bloqueado pelo banco.

“O trabalhador, ao ser demitido, muitas vezes se vê sem recursos, porque o saldo da conta está bloqueado”, destacou o ministro Luiz Marinho, acrescentando que “a prática também enfraquece o FGTS como instrumento de investimento social”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apoiou as restrições e classificou o modelo anterior como “uma das maiores injustiças contra o trabalhador”.

Como ficará a adesão com as novas regras?

  • A adesão e o cancelamento continuam disponíveis pelo aplicativo FGTS (Android e iOS);
  • Após aderir, o trabalhador deve aguardar 90 dias antes de contratar a antecipação;
  • Em caso de demissão durante o período de antecipação, o trabalhador não poderá sacar o saldo bloqueado, apenas a multa de 40%;
  • Os empréstimos antigos continuam válidos até o fim dos contratos.

Impacto esperado e avaliação econômica

Com as mudanças, o governo espera reduzir o endividamento dos trabalhadores e garantir maior liquidez ao FGTS, preservando seu papel como fonte de financiamento para habitação popular, saneamento básico e obras públicas.

Economistas avaliam que as novas regras trazem maior equilíbrio entre proteção social e responsabilidade financeira, evitando que o fundo seja usado como garantia de crédito de alto risco e assegurando que o trabalhador não perca acesso ao benefício em situações de vulnerabilidade.


Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: Agência Brasil

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