Brumadinho: 7 Anos Após Tragédia, População Adoece e PIB Tem Perda Bilionária (Estudo UFMG)

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Sete Anos Depois: População de Brumadinho Adoece e Vive com Medo de Contaminação; Estudo da UFMG Aponta Perda Bilionária de PIB

Bombeiros no resgate de vitimas em meio à lama deixada pelo rompimento de barragem em Brumadinho
Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

70% dos Domicílios Relatam Adoecimento Físico ou Mental Pós-Tragédia; Metais Pesados Permanecem no Meio Ambiente e Insegurança Hídrica Afeta 85% das Famílias

Quase sete anos após o rompimento da barragem de rejeitos Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), os impactos sobre a população e o meio ambiente continuam sendo estruturais e persistentes. A tragédia, que resultou em 272 mortes, é tema de um novo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado por pesquisadores do Projeto Brumadinho.

Os achados confirmam que a comunidade vive em um cenário de adoecimento, insegurança sanitária e perdas econômicas duradouras.

Impacto Crônico na Saúde Física e Mental (Adoecimento)

O levantamento da UFMG revela que a saúde da população permanece gravemente afetada pela tragédia:

Adoecimento Recorrente: 70% dos domicílios relataram algum tipo de adoecimento físico ou mental

Sintomas Persistentes: Estresse, insônia, ansiedade, hipertensão e episódios depressivos continuam recorrentes. 

Tratamento Especializado: 52% dos adultos passaram por tratamento psicológico ou psiquiátrico desde o desastre. 

Desafios no Acesso: 76% dos domicílios enfrentam dificuldades para acessar consultas, exames e tratamentos devido à rede pública pressionada.

Insegurança Sanitária e Contaminação Ambiental

O medo de contaminação, traduzido no conceito de "lama invisível", marca o cotidiano:

Medo de Contaminação: 77% das famílias vivem com medo constante de contaminação dos alimentos

Água Comprometida: 85% dos domicílios relatam impactos no uso dos corpos d’água, e 75% afirmam que o fornecimento e a qualidade da água estão comprometidos

Metais Pesados: O estudo confirma a permanência de metais pesados (manganês, arsênio, chumbo, mercúrio e cádmio) em diferentes matrizes ambientais.

Perdas Econômicas a Longo Prazo

O professor Ricardo Machado Ruiz, coautor do estudo, detalha os prejuízos econômicos que persistem, apesar do acordo de reparação:

Perda Estimada (Inicial): Sem o acordo de 2021, Brumadinho poderia perder entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões de PIB no longo prazo. 

Perda Estimada (Com Acordo): Com a aplicação dos recursos, o prejuízo cai para algo entre R$ 4,2 bilhões e R$ 5,4 bilhões

Dependência e Futuro: A economia local, antes dependente da mineração (Vale), passou a depender da reparação. O futuro exige diversificação econômica para evitar a perda bilionária residual.


Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: Agência Brasil

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