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Brasil protegeu democracia melhor que EUA, diz Harvard
Professor de Harvard elogia reação brasileira
O professor de ciência política Steven Levitsky, autor do livro Como as democracias morrem e docente da Universidade de Harvard, afirmou nesta terça-feira (12) que o Brasil respondeu melhor à tentativa de golpe de Estado do que os Estados Unidos.
A declaração foi feita durante o seminário “Democracia em Perspectiva na América Latina e no Brasil”, promovido pelo Senado Federal. Segundo o professor, a reação brasileira foi mais eficaz diante da ameaça golpista atribuída pelo Ministério Público ao ex-presidente Jair Bolsonaro, se comparada à resposta americana frente às atitudes autoritárias de Donald Trump.
“A Suprema Corte Brasileira fez o certo ao defender a democracia agressivamente. O Congresso e o Judiciário americanos abdicaram de suas responsabilidades”, afirmou Levitsky.
Crítica aos EUA e sanções contra o Brasil
O acadêmico ressaltou que considera irônico o fato de os Estados Unidos estarem punindo o Brasil por fazer o que, na visão dele, os próprios americanos deveriam ter feito. Ele se referia à suposta interferência política de Trump no julgamento de Bolsonaro, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os EUA anunciaram tarifas de 50% contra exportações brasileiras, abriram investigação comercial e aplicaram sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
“Como cidadão americano, sinto vergonha dessa situação”, declarou.
Memória histórica e autoritarismo
Para Levitsky, a resposta fraca dos EUA a líderes autoritários se explica pela ausência de memória coletiva sobre perda da democracia. Ao contrário do Brasil, Argentina, China, Coreia do Sul e Alemanha, a sociedade americana nunca viveu o autoritarismo diretamente.
O professor alertou que hoje as democracias não costumam ser derrubadas por militares armados, mas sim por líderes eleitos que atacam instituições para subverter o sistema.
“Esses autocratas são populistas e buscam enfraquecer o Congresso e o Judiciário”, explicou.
Resiliência latino-americana
O pesquisador destacou líderes como Bolsonaro e Javier Milei como exemplos de figuras que testam os limites das democracias. Mesmo assim, ele afirmou que, apesar dos desafios econômicos, violência e corrupção, as democracias da América Latina têm mostrado resiliência.
Entre os fatores que dificultam a estabilidade, apontou a estagnação econômica, o aumento do crime, a pandemia de Covid-19 e o crescimento do poder autocrata em um cenário internacional menos favorável.
Redes sociais e erosão da confiança
Segundo Levitsky, as redes sociais ampliaram a insatisfação popular com as democracias, enfraquecendo partidos e a mídia tradicional como guardiões democráticos. Hoje, políticos podem falar diretamente com seus eleitores, quebrando normas institucionais e evitando filtros da imprensa.
Como salvar as democracias
O professor defendeu que, para resistir a líderes autoritários, é preciso uma resposta institucional forte, como ocorreu na Alemanha após a Segunda Guerra. Citou como exemplo países como Bélgica e Finlândia, que uniram forças políticas de diferentes espectros para barrar extremistas.
Se instituições e políticos falharem, a sociedade civil deve assumir o papel de guardiã da democracia, defendendo normas democráticas de forma clara e pública.
Por Redação: tmadicas.com.br Fonte: Agência Brasil
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