Reino Unido, Austrália E Canadá Reconhecem Estado Palestino
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Foto: @DowningStreet via Instagram / Estadão |
A decisão histórica de Reino Unido, Austrália e Canadá de reconhecer formalmente o Estado Palestino neste domingo, 21, representa uma ruptura com décadas de política internacional e marca um distanciamento claro em relação aos Estados Unidos, governados por Donald Trump, que seguem apoiando Israel.
Decisão Histórica E Repercussão Global
O anúncio ocorreu em coordenação com a França, que deve oficializar sua posição na Assembleia Geral da ONU. A medida coloca três grandes economias ocidentais entre as primeiras nações do G7 a reconhecerem a soberania palestina.
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o primeiro-ministro canadense Mark Carney e o líder australiano Anthony Albanese afirmaram que a decisão responde à crise humanitária em Gaza e à pressão crescente da comunidade internacional.
Pressão Popular E Mudança Diplomática
No Reino Unido, milhares de pessoas participaram de manifestações pedindo que o governo reconhecesse a Palestina. Mais de 130 parlamentares britânicos assinaram uma carta em apoio à medida.
Starmer afirmou que o reconhecimento é um passo necessário para promover uma solução de dois Estados e buscar um acordo de paz duradouro entre Israel e Palestina.
Conflito Em Gaza E Reações
De acordo com autoridades de saúde de Gaza, os ataques israelenses já causaram mais de 64 mil mortes, número que não distingue civis de combatentes.
Israel e aliados próximos, como Donald Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, criticaram a decisão, alegando que ela favorece o Hamas. Netanyahu classificou a medida como “apaziguamento”.
Reação Internacional
Mais de 140 países já reconhecem a Palestina como Estado soberano, mas a plena aceitação na ONU ainda depende do Conselho de Segurança, onde os EUA mantêm poder de veto.
Especialistas acreditam que o movimento britânico, canadense e australiano é simbólico, mas pode influenciar novas pressões contra Israel.
Significado Para O Futuro
O reconhecimento traz peso histórico, principalmente pela ligação britânica com a região desde a Declaração Balfour de 1917. Para representantes palestinos, o gesto é bem-vindo, mas insuficiente diante da destruição em Gaza.
Segundo Diana Buttu, advogada palestina, o reconhecimento ajuda a reforçar o status internacional da Palestina: “Não é apenas uma ocupação, mas um Estado ocupando outro Estado”.
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