Metanol: Polícia Apura Uso De Etanol De Baixa Qualidade
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| Foto: Robert Essel NYC/Getty Images |
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) investiga a utilização de etanol de baixa qualidade na fabricação de bebidas falsificadas. A principal hipótese é que o produto, já contaminado com metanol, tenha sido usado por produtores clandestinos que acreditavam tratar-se de etanol puro.
A informação foi confirmada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, nesta segunda-feira (6). Ele destacou que a intoxicação por metanol vem sendo tratada como prioridade pelas autoridades, devido à gravidade dos casos registrados no estado.
Autoridades Investigam Origem Da Contaminação
De acordo com Derrite, os investigadores acreditam que os responsáveis não perceberam a contaminação do produto utilizado no processo de fabricação das bebidas. Outra possibilidade analisada é que o metanol tenha sido usado para lavar garrafas antes do envase das bebidas falsificadas.
Até o momento, a SSP descarta o envolvimento de facções criminosas, já que as apreensões ocorreram em locais distintos e nenhum dos 41 presos possui ligação com organizações criminosas.
Governo De SP Suspende Inscrições De Estabelecimentos
Durante as fiscalizações, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a suspensão preventiva da inscrição estadual de oito estabelecimentos suspeitos — seis distribuidoras e dois bares — com possível ligação aos casos de bebidas adulteradas.
Segundo o governador, a medida impede que esses locais emitam notas fiscais e continuem operando. Ele ressaltou que a suspensão é preventiva, mas pode se tornar definitiva caso os responsáveis não comprovem a origem dos produtos comercializados.
Casos De Intoxicação Continuam Em Investigação
O mais recente balanço da Secretaria da Saúde aponta 14 casos confirmados de intoxicação por metanol e 178 ainda sob investigação em todo o estado. Até o momento, duas mortes foram confirmadas, e outras sete estão sendo analisadas.
Quinze ocorrências foram descartadas após avaliação clínica, segundo o governo estadual. As autoridades continuam as ações de fiscalização para impedir a circulação de bebidas contaminadas e evitar novas vítimas.
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