Centro-Oeste Sofre Pouco Com Tarifa de Trump
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Foto: Arquivo/Agência Brasil |
O Centro-Oeste do Brasil será a região menos afetada pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A conclusão é de um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), que aponta impacto socioeconômico muito leve na região, conhecida por ser um reduto do agronegócio.
Exportações Pouco Dependentes dos EUA
Apenas 3% das exportações do Centro-Oeste têm os EUA como destino, o que reduz significativamente os efeitos da nova tarifa. Além disso, a região foi uma das mais beneficiadas pela lista de isenções prevista no decreto assinado pelo presidente norte-americano Donald Trump.
O pesquisador Flávio Ataliba Barreto, do FGV-Ibre, explica que o perfil econômico regional contribui para a baixa vulnerabilidade:
> “O Centro-Oeste tem produção baseada em commodities, altamente mecanizada, com mercados diversificados, o que permite uma reorganização mais rápida diante de novas tarifas.”
Carne Bovina: Produto em Alerta
Embora a carne bovina não esteja totalmente isenta da tarifa de 50%, especialistas apontam que o impacto será reduzido. Isso ocorre porque produtores da região já exportam grandes volumes para a Ásia e União Europeia, o que possibilita compensar perdas nos EUA.
> “A possibilidade de aumentar as exportações para outros mercados é maior. Por isso, o grau de exposição do Centro-Oeste é relativamente mais baixo”, explica Barreto.
Brasil Mantém Força no Mercado Internacional
Segundo o Cepea/USP, o Brasil segue em posição favorável no mercado global de carne bovina, que enfrenta estoques reduzidos nos últimos 20 anos. Com essa conjuntura, mesmo diante do tarifaço de Trump, a produção do Centro-Oeste tende a manter estabilidade e reduzir os impactos econômicos na região.
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