Ajudância De Ordens De Bolsonaro Prejudicou Mauro Cid, Diz Defesa
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Foto: Reprodução/TV Justiça |
Advogado pede benefícios completos no acordo de delação premiada
Defesa de Mauro Cid no STF
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira (2) que o cargo ocupado pelo militar durante o governo apenas prejudicou sua vida pessoal e profissional.
O advogado Jair Alves Pereira, durante sustentação no Supremo Tribunal Federal, reforçou que o ex-auxiliar não tinha intenção de participar de um golpe de Estado e pediu a confirmação do acordo de colaboração premiada com todos os benefícios ajustados.
Argumentos da Defesa
Segundo Pereira, Cid já havia sido nomeado para assumir um batalhão em Goiânia, em março de 2022, com casa alugada e filhos matriculados na escola, o que afastaria qualquer intenção de integrar uma trama golpista.
> “A ajudância de ordens só atrapalhou a vida de Cid, para ser bem sincero”, declarou o advogado.
A defesa solicita que a condenação não ultrapasse dois anos de reclusão.
Posição da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, pede que a pena seja reduzida em apenas um terço, o que poderia levar a uma condenação de 28 anos e 7 meses de prisão.
A acusação inclui crimes como:
Organização criminosa armada
Abolição do Estado de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado
Deterioração de patrimônio tombado
Se aplicadas as penas máximas, Mauro Cid poderia ser condenado a até 43 anos de prisão.
Colaboração e Benefícios
Especialistas em direito criminal explicam que os benefícios da delação premiada dependem da relevância das informações fornecidas. Quanto mais eficaz for a colaboração, maior tende a ser a redução da pena.
No caso de Mauro Cid, o julgamento no STF será decisivo para definir se o ex-ajudante de ordens conseguirá a pena reduzida em troca de sua cooperação.
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