Familiares De Vítimas Protestam Por Liberação De Corpos No Rio
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| Foto: Éros Mendes / Terra | 
Familiares de vítimas da megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, realizaram um protesto emocionante na Avenida Francisco Bicalho, na tarde desta quinta-feira (30), pedindo a liberação dos corpos das vítimas. A ação ocorreu em frente ao Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, no Centro da cidade.
Cerca de 30 mulheres ajoelhadas bloquearam as pistas da via em meio à dor e à indignação. Elas seguravam as mãos umas das outras e clamavam por justiça após o massacre que deixou mais de 120 mortos, sendo considerado o mais letal da história do estado.
Mães E Esposas Clamam Por Justiça
Durante a manifestação, as mulheres gritaram palavras de revolta:
“Chacina! Isso é uma covardia! Eles são bandidos, nós não! Pelo menos, liberar o corpo”, declarou uma das mães em meio às lágrimas.
Outras pediam apenas a oportunidade de enterrar seus familiares de forma digna.
“Sabemos que eles estão mortos. Só queremos justiça para liberar os corpos e podermos fazer um enterro digno”, desabafou uma das manifestantes, ajoelhada no asfalto.
Confronto E Tensão No Protesto
O protesto durou cerca de 25 minutos e causou grande impacto no trânsito. Um motorista chegou a ameaçar avançar com o carro sobre o grupo de mulheres que bloqueava a via, mas foi contido pelas autoridades no local.
A ação terminou de forma tensa. Policiais militares usaram spray de pimenta contra as manifestantes e profissionais da imprensa, dispersando o grupo de forma abrupta. Apesar da repressão, as famílias prometeram continuar lutando por justiça e transparência na identificação dos corpos.
A Operação Mais Letal Da História Do Rio
Segundo o governo do Rio de Janeiro, a operação nos complexos da Penha e do Alemão resultou em 121 mortos, sendo 4 policiais e 117 suspeitos. O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, informou ainda que 113 pessoas foram presas, incluindo detidos em outros estados como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco.
A megaoperação foi classificada como a mais letal da história do estado, gerando intensa repercussão nacional e internacional, além de mobilizar órgãos de direitos humanos e o Ministério Público.
 
 
 
 
 
 
 
 
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