Periferias São as Principais Vítimas da Crise Climática, Aponta Atlas
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| Foto: Marcelo Caumors/Instagram |
Impactos Climáticos Atingem Regiões Mais Vulneráveis
O Atlas da Justiça Climática lançado na COP30 reforça que as periferias da América Latina e Caribe são as populações mais atingidas pela crise climática. O estudo, gratuito e de acesso aberto, traduz um conjunto de dados e análises que evidenciam como eventos extremos e desigualdades históricas ampliam riscos sociais e ambientais.
O clima seco que atinge o interior e a Região Metropolitana de São Paulo já coloca mais de 10% da população brasileira em situação vulnerável. Esse é apenas um dos exemplos de como as mudanças climáticas agravam desigualdades existentes.
Atlas Mostra Avanço do Extrativismo nas Regiões Periféricas
Segundo o material produzido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a transição energética nos países desenvolvidos tem impulsionado novas formas de extrativismo, transferindo impactos socioambientais para a chamada periferia global.
Esse processo aprofunda injustiças ambientais e pressiona comunidades já fragilizadas.
O documento reúne estudos de cerca de 40 especialistas de diversas áreas, construído ao longo de dois anos, utilizando mapas e ilustrações que facilitam a compreensão das múltiplas dimensões da crise climática.
Consequências Extremas Já São Visíveis na América Latina
Eventos extremos, como o ciclone extratropical em Lajeado (RS) em 2023 — que resultou em 22 mortes no Sul do Brasil — evidenciam o avanço dos impactos climáticos sobre territórios vulneráveis, que possuem menor capacidade de resposta e adaptação.
Atlas Propõe Caminhos e Soluções na COP30
Além das denúncias, o Atlas Climático também apresenta soluções e novas formas de pensar o território. De acordo com Carlos Milani, professor do Iesp/Uerj, o material “convida ao compartilhamento de conhecimentos, à denúncia e à ação em prol de futuros mais justos, habitáveis e pluriversos”.
O estudo também contrapõe a visão limitada de que a América Latina e Caribe são apenas regiões vulneráveis, destacando sua capacidade de inovação, resistência e criatividade social, fundamentais para enfrentar os desafios climáticos do século XXI.

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